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Conservação da biodiversidade: rumo às metas 30-30 em Portugal

Portugal subscreveu o Acordo Global para a Biodiversidade ou Acordo Kunming-Montreal, discutido e aprovado em Dezembro 2022, onde ficaram consagradas as metas 30-30, ou seja, atingir, em 2030, 30% do território terrestre e marinho, águas interiores e costeiras, em conservação e restaurar 30% dos ecossistemas degradados.

No que respeita aos ecossistemas terrestres, Portugal está nominalmente próximo de atingir as metas, numa caminhada iniciada há mais de 50 anos com a criação da primeira área classificada. Todavia, persistem várias indefinições motivadas por uma variedade de instrumentos de classificação que se sobrepõem territorialmente, cada um com metas e objectivos próprios, para além do mau estado de conservação de muitas áreas.

No mar, as áreas marinhas classificadas surgiram, numa primeira fase, como extensão das áreas de conservação terrestre a uma curta faixa marinha adjacente e, mais recentemente, com a criação de áreas protegidas no alto mar. Apesar destes esforços, no domínio marinho, estamos ainda bem longe de cumprir os objectivos.

Ecossistemas marinhos e terrestres funcionam de formas diferentes e requerem medidas próprias de conservação. Em qualquer dos casos, é crucial garantir que a gestão da actual rede de áreas de conservação da biodiversidade em Portugal, bem como a sua expansão futura, vá para além de um mero cumprimento de objectivos nominais.

A conservação da biodiversidade em Portugal deve sair do papel e rumar a acções que promovam, no território, o normal funcionamento dos ecossistemas, para garantir o desenvolvimento sustentável, do ponto de vista ecológico e ser aceite do ponto de vista social. Urge integrar o conhecimento gerado pelos ecólogos de forma a que estes possam responder oportuna e correctamente, quando chamados a intervir. Neste sentido, a comissão organizadora do 22º Encontro Nacional de Ecologia incentiva a submissão de trabalhos em todos os domínios da ecologia para apresentar as iniciativas em curso e debater estas preocupações.

Num local de eleição, onde a investigação marinha é um dos pontos fortes, Faro recebe esta reunião nacional, graças à hospitalidade e disponibilidade da Universidade do Algarve.

Organização

SPECO / CCMAR-UAlgarve / CESAM-UAveiro

Comissão organizadora

 

Henrique Queiroga - CESAM UAveiro, SPECO

Alexandra Teodósio, Joana Cruz, Vânia Baptista - CCMAR UAlg

Helena Serrano, Maria Amélia Loução. - cE3c, FCULisboa, SPECO

Comissão científica

Anabela Romano - UAlg, SPECO
Alexandra Teodósio, Joana Cruz, Vânia Baptista, Jorge Gonçalves, Karim Erzini, Mafalda Rangel, Bárbara Horta e Costa, Jorge Palma, David Abecassis, Francisco Leitão - CCMAR UAlg

José Alves, Ana Hilário, Heliana Teixeira - CESAM UAveiro

Henrique Queiroga - CESAM UAveiro, SPECO

Manuela David, Ana Barbosa, José Monteiro - UAlg

Maria Amélia Loução, Alice Nunes - cE3c, FCULisboa, SPECO

Susana Garrido - IPMA

Telmo Morato - IMAR

Vanessa Mata - CIBIO UP

Ana Colaço - UAc

SPECO
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CESAM
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