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50 Anos de Dia da Terra

A celebração do Dia da Terra - 22 de Abril - proposta há, precisamente, 50 anos tem um valor intrínseco cada vez maior.


Dia da Terra


A Semana da Celebração do Dia da Terra


Hoje, mais que nunca, importa reflectir sobre o papel do Ser Humano como agente modelador e modificador do planeta, que afecta directamente a saúde humana: somos a causa e sofremos a consequência.


Em plena pandemia COVID-19, e em modo “pausa” devido às medidas de confinamento, temos assistido à diminuição da emissão de gases com efeito de estufa, como o CO2 e de gases poluentes como o NO2 que tem permitido mostrar, um pouco por todo o globo, a resiliência do Planeta Terra.

Assistir a uma recuperação, numa pequena janela de oportunidade global, evidencia a capacidade de resposta e mostra que há ainda um caminho para a reconstrução de uma vida sustentável e equilibrada do ser humano COM a Natureza.


Na comemoração destes cinquenta anos, a SPECO compilou uma colectânea de artigos de opinião da autoria da presidente da SPECO, Maria Amélia Martins Loução.


Todos publicados no Dia da Terra, ao longo de 10 anos, demonstram e denunciam, preocupações e problemas sempre actuais.


Acompanhem esta semana dedicada à nossa casa! Cada dia publicaremos um novo artigo!


Textos introdutórios de Inês Reis dos Santos com revisão de Maria Amélia Martins Loução


2010

Gaia, a Mãe Terra (23 de Abril de 2010)

Conhecem a Teoria de Gaia?


O conceito de tempo humano é extremamente incompatível com o tempo da Terra. A “velocidade de produção e os retornos económicos medem o progresso e o sucesso da sociedade”, mas será verdade?


Seremos uma civilização bem sucedida se consumimos recursos do nosso planeta finito a uma velocidade muito superior à sua regeneração e regulação?


“Imbuídos apenas na nossa autocentralidade e superioridade” esquecemo-nos que quanto mais rápido “consumirmos as reservas naturais e a energia disponível, menos tempo deixamos à nossa sobrevivência”.


O nosso progresso, como é actualmente medido, é o caminho para o nosso fim.

Reflicta sobre estas observações num texto publicado no jornal “Público” no ano de 2010.



2013

A Terra vista do espaço: até quando será Planeta Azul? (24 de Abril de 2013)

A história da civilização moderna tem várias vagas de migrações das populações da zona rural para a urbana, usualmente em busca de uma vida com mais oportunidades de emprego.


Em pleno séc. XXI o êxodo rural é cada vez mais marcado. A nível global, prevê-se que em 2050, cerca de 68% da população humana viverá em zonas urbanas (actualmente é de 55%). Esta deslocalização tem consequências crescentes a nível de saúde, de bem-estar e de ambiente.


Para muitos residentes urbanos, o campo invoca sensação de paz, segurança e tranquilidade, ar puro e estilo de vida mais saudável. Não foi por acaso a “fuga” para o campo no início do confinamento da pandemia do COVID-19. Mas a vivência urbana é, tendencialmente, mais apelativa pelas inúmeras oportunidades que oferece às famílias.


O abandono das áreas rurais, arrasta múltiplos problemas que nos afectam a todos, ligados maioritariamente à forma agro-silvo-pastoril como se explora a terra.


Passa-se de uma agricultura extensiva para um regime intensivo, concentrado, em monocultura, o gado fica confinado e as florestas passam a explorações de espécies de crescimento rápido.


O artigo " A Terra vista do espaço: Até quando será Planeta Azul" traz-nos uma reflexão sobre o modo como o "país rural tem de crescer " para podermos continuar a chamar à Terra, o Planeta Azul.

2014

A Terra na Era do Antropoceno (22 de Abril de 2014)

A herança humana na Terra será a que queremos deixar?


O ser humano habita o planeta há cerca de 250 000 anos. Diz-se que “dominamos” o planeta por sermos a espécie que está no topo da cadeia trófica.


No entanto, nesta tão curta existência, as modificações são tão marcadas que houve consenso em estabelecer-se uma nova Época geológica denominada Antropoceno, ainda por delimitar.


Tendo em conta o caminho decorrido podemos afirmar ser a espécie dominante mais bem sucedida na história do planeta Terra?


Por comparação, os dinossauros, já extintos, permaneceram 175 milhões de anos em harmonia com os elementos.


Como alterar o curso do nosso percurso no planeta? Como assegurar alimento à população e, simultaneamente, a sustentabilidade do planeta?


Neste artigo de 2014 encontram reflexões sobre estas e outras questões: https://www.publico.pt/2014/04/22/mundo/opiniao/a-terra-na-era-do-antropoceno-1633029


2015

O dia do Planeta Terra (22 de Abril de 2015)

A capacidade de sobrevivência da nossa espécie é indubitável.


Fisicamente parecemos frágeis, em comparação a muitas outras, mas o desenvolvimento da inteligência tem permitido ultrapassar os obstáculos e limitações do meio ambiente.


Não é, por isso, de estranhar considerarmo-nos num patamar superior, de espécie dominante do Planeta Terra. Não somos, porém, imunes a todos os “inimigos naturais” existentes.


Sabe-se que 70% das doenças, novas e emergentes, são transmitidas por animais.


É, também, consensual que as probabilidades de contacto com novos patogénios aumentam cada vez que se reduz, destrói ou degrada habitats, se caça animais selvagens, ou se força animais a viver confinados em espaços limitados.


“A informação sobre as possíveis ameaças em resultado do desenvolvimento insustentável parece não assustar a humanidade.” Talvez a pandemia que se vive em 2020 sirva para alertar a humanidade para as ameaças reais que o nosso consumo irresponsável e egoísta tem gerado.


Há muito que os cientistas avisam. Esta reflexão sobre as escolhas humanas face aos avisos do nosso planeta foi já transmitida no artigo de 2015: https://www.publico.pt/2015/04/22/ecosfera/opiniao/o-dia-do-planeta-terra-1693120


2016


Hábitos alimentares e alterações climáticas (22 de Abril de 2016)

Muitas pessoas continuam a olhar para as Alterações Climáticas como um problema ambiental futuro: sabem em que consiste e a maioria acredita na palavra dos cientistas.


No entanto, a mudança de hábitos teima em não acontecer, a saída do conforto é difícil e demorada. As consequências destas atitudes inconsequentes estão previstas, e sabe-se o que pode suceder ao planeta até pelo menos 2100.


O aumento da temperatura irá continuar se não houver diminuição da emissão de gases com efeito de estufa.


As políticas ligadas à minimização das alterações climáticas apontam a transição energética e a descarbonização da economia ligadas directamente aos meios de transporte.


Ficam sempre esquecidas as políticas ligadas à produção de alimentos e à forma como se introduzem as dietas alimentares.


Em que medida os hábitos alimentares influenciam as alterações climáticas?


No Artigo de 2016 “Hábitos alimentares e alterações climáticas?” reflecte-se sobre esta e outras questões.



2017

Este pequeno país à beira-mar implantado (22 de Abril de 2017)

A urbanização e o desenvolvimento económico têm gerado apatia para com o mundo da vida rural e há sensibilidade para com as alterações climáticas, porque são directamente sentidas e afectam a saúde e o bem estar da população.


Mas a biodiversidade presente no país rural é algo que pouco ou nada diz às pessoas já que não conseguem ver “o rendimento” que pode trazer.


No entanto, “Milhares de espécies arbóreas estão em risco de extinção; em dez anos perderam-se, a nível global, 10% de habitats selvagens.


Portugal está em quarto lugar entre os países europeus com mais espécies em risco de extinção; a Reserva Ecológica Nacional (REN) está cada vez mais adulterada.


Se os portugueses estão cada vez mais informados e preocupados com os problemas ambientais como se explica a insensibilidade para com a biodiversidade?”


Estas e outras questões são apresentadas e reflectidas neste artigo de 2017 “Este pequeno país à beira-mar implantado”.



2018

Um novo olhar sobre o planeta (21 de Abril de 2018)

Continua a verificar-se um consumo desmedido dos recursos energéticos, hídricos e alimentares.


Mas, na mesma sociedade, mantém-se a dualidade: os que precisam e os que desperdiçam.


Vivemos numa sociedade que vive de excessos: de produção, consumo e desperdício.


Do ponto de vista alimentar, estima-se que, desde a produção ao consumo final, um terço de todos os alimentos produzidos são desperdiçados.


No entanto, a nível global, são ainda cerca de 850 milhões as pessoas que sofrem de subnutrição ou estão em situação de insegurança alimentar. Isto é, não têm acesso seguro e contínuo a alimentos necessários para o seu bem estar e sobrevivência.


Perante estes factos como se pode ficar indiferente quando elevadas percentagens de energia, água e recursos são simplesmente e literalmente deitados “ao lixo”? Os problemas ambientais estão interligados e geram “efeito dominó”.


O artigo de 2018 “ Um novo olhar sobre o planeta” traz à discussão mais três problemas ambientais com implicações para a sustentabilidade social.



2019

A "nossa" casa está a arder (22 de Abril de 2019)

As consequências da perda de biodiversidade estão à vista: dávamos o exemplo da perda de resiliências às alterações climáticas, mas hoje, em 2020, sabemos a importância que a perda de biodiversidade e a sua má utilização teve na transmissão do SARS-COV2 .


Dos serviços dos ecossistemas, suporte, provisionamento, regulação e culturais, temos tendência para dar importância apenas aos dois primeiros, pelos bens directos que nos podem fornecer.


A regulação do clima, o controlo de doenças, ou a herança cultural, a fonte de inspiração e educação são desvalorizados e esquecidos.


A existência de ecossistemas saudáveis é crucial não só para o planeta mas para a saúde humana.


Há, por isso, que parar a destruição dos ecossistemas, e saber recuperar os que se encontram degradados.


Quais as melhores medidas para recuperar o que destruímos? Qual a melhor solução para combater as alterações climáticas?


O artigo de 2019 tenta responder a estas e outras questões e convida-nos a reflectir de como consciencializar a sociedade e os decisores políticos para a necessidade urgente de aumentar a sustentabilidade do planeta Terra.



2020

O tempo certo (26 de Abril de 2020)

O que há em comum entre as alterações globais pelas quais passamos e a actual pandemia?


Produção e consumo são as palavra de ordem que ditam a nossa actual forma de vida.


Podemos e devemos, portanto, usar este período de isolamento, para pensar e reflectir sobre como será a volta ao “normal”.


Temos de tomar consciência, que o “normal” foi o que nos trouxe a esta situação, e que o “desenvolvimento de novas estratégias para o futuro da sociedade” é imperativo, temos de criar um “novo normal”, para que o actual não passe a ser o nosso habitual.


Em isolamento, longe das nossas famílias, amigos e em alguns casos, dos colegas e locais de trabalho, notamos que estamos, também, mais longe dos ecossistemas que invadimos, afastados dos habitats que degradamos.


E neste pouco tempo que passou, a vida no planeta, além da humana, respirou de alívio. E é nosso dever não voltar a sufocá-la.


“Portugal tem sido pródigo em mostrar como da adversidade se podem desenvolver oportunidades de trabalho, cooperação, voluntariado e reformulação de actividades.” Tivemos de nos habituar a um novo modo de vida, que se demonstrou possível e agradável.


A conclusão que se tira, é a de continuar a usar a nossa capacidade de adaptação à adversidade, reconsiderar e modificar os actuais modelos económicos, que como verificamos são pouco flexíveis e pouco adaptáveis.


Temos de criar um modelo económico global, não assente no crescimento desmedido e sempre exponencial, mas sim num modelo económico adaptável, circular, resiliente e assente em serviços dos ecossistemas.


“O tempo certo é este e não pode, nem deve ser desperdiçado.” Esta é a frase final do artigo do Publico “O Tempo Certo”, por Maria Amélia Martins Loução, artigo este que nos faz reflectir na necessidade de actuar no imediato e que “A tríade: biodiversidade, alterações climáticas e saúde pública nunca mais deve ser esquecida” e que “os três vértices do triângulo deviam servir para delinear futuras estratégias económicas.”



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