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Combater a Indiferença às Plantas, Fazendo a Diferença

No rescaldo da primeira mesa-redonda multidisciplinar da DivECO - Rede de Comunicação e Divulgação da Ecologia e para que a conversa e os ensinamentos persistam deixamos algumas sugestões de leitura para que a indiferença às plantas passe a amor às plantas.



O que é a indiferença às plantas?


Artigos Científicos:


  • William Allen - Plant Blindness;



  • Plant Blindness entre cientistas?



O que fazer?


1 - Promover uma cultura ambiental assente na natureza e ler livros sobre a temática "Plantas"


2 - Identificar-nos com as plantas...


A série de quatro artigos sobre as árvores e os seres humanos: as semelhanças, as diferenças e a nossa relação com elas, da autoria do biólogo e sócio honorário da SPECO, Jorge Paiva ilustra, enaltece e celebra essas semelhanças.


"A morfologia do nosso corpo e o de uma árvore é semelhante. Assim, temos cabeça, tronco e membros superiores (braços) e inferiores (pernas). As árvores, copa (cabeça), tronco e ramos (membros) superiores (braços) e inferiores (ramos radiculares)."


3 - Aumentar os níveis de empatia

Com arte, storytelling...


"We don't want to cure plant blindness, we want to grow plant love" - in www.plantlovestories.com


O que pode fazer a ciência?


4 - Educação e formação sobre a beleza, a singularidade e a importância das plantas desde muito cedo


Conhecer e explorar as plantas em Portugal


Testemunho em expedições botânicas, com Jorge Paiva


5 - Os jardins botânicos como ferramenta fundamental de educação


Jardim Botânico da Ajuda

O Jardim Botânico da Ajuda é o primeiro Jardim Botânico de Portugal desenhado com o fim de manter, estudar e coleccionar o máximo de espécies do mundo vegetal. Chegou a ter 5000 espécies dispostas segundo o sistema sexual proposto por Lineu, mestre de Vandelli.


Começou por ser uma quinta onde se plantavam árvores de fruto e produtos hortícolas que forneciam o palácio real, instalado ali perto. A passagem a jardim botânico deu-se no último quarto do século XVIII sendo utilizado como espaço de estudo dos príncipes.


Na última década de 1700, pelas mãos do Professor Domingos Vandelli, o espaço recebe cerca de 5 mil espécies plantas e sementes oriundas de todo mundo. Mais tarde dá-se a abertura do jardim ao público que o poderia visitar todas as quintas-feiras. Ao longo das décadas seguintes, o Jardim Botânico da Ajuda passaria por diversas fases — umas que quase simbolizaram a sua ruína; outras que o enriqueceram bastante, tal como a passagem do botânico austríaco Friedrich Welwitsch pela sua direção.


Hoje, sob a gestão do Instituto Superior de Agronomia, mantém quatro estufas do período original. Na Estufa das Avencas pode apreciar plantas exóticas e ornamentai. Na dos Pássaros, funciona, atualmente, o Restaurante Estufa Real e a Estufa das Orquídeas foi durante décadas uma das mais belas do país. Por último, a Estufa D. Luís, usada para propagação vegetativa e que foi alvo de restauro acerca de dez anos. As quatro estufas estão localizadas na parte superior do jardim onde encontramos ainda os lagos e árvores da época de D. José; na parte inferior, uma fonte majestosa domina o jardim de estilo barroco.


Aberto das 10h00 às 17h00 todos os dias.



Jardim Botânico da Universidade de Coimbra

O Jardim Botânico da Universidade de Coimbra (JBUC), fundado em 1772, é uma Unidade de Extensão Cultural e de Apoio à Formação desta instituição de ensino superior e tem como missões a investigação, a conservação da biodiversidade, a educação e divulgação de ciência, com especial enfoque na sensibilização para o conhecimento e importância da diversidade vegetal, das alterações climáticas e da utilização sustentável de recursos.


O JBUC é uma instituição de referência a nível regional e nacional, com forte ligação e apelo à comunidade e ao turismo, tendo as suas iniciativas elevada participação e visibilidade. Desde 2013, o JBUC é Património da Humanidade da UNESCO, inserido no sítio "Universidade de Coimbra, Alta e Sofia".


Como espaço universitário, o JBUC mantém também uma íntima ligação com a docência, sendo espaço de aulas no terreno, entidade formadora de estágios, de acolhimento de teses de mestrado e doutoramento. As estufas tropicais e fria, as Escolas Médicas e Sistemáticas e o seu arboreto, albergam mais de 1500 espécies de plantas. Para além disso, possui estufas de investigação e viveiros e uma equipa com conhecimento técnico ao nível botânico, florestal, ecologia e jardinagem.


O JBUC trabalha de perto com escolas, associações e outras entidades públicas e privadas e participando em projetos nacionais e europeus ligados à sua missão.


Para além do espaço aberto de jardim e mata, o JBUC conta com duas salas de atividades de divulgação de ciência (Sala Científica Jorge Paiva e Sala de Ciência In Situ). Para além da presença física na cidade, o JBUC tem uma forte presença virtual nas redes sociais, na imprensa e meios audiovisuais.


O Jardim Botânico abre ao público todos os dias, excepto nas seguintes datas: 25 de dezembro, 1 de janeiro, dias do Cortejo da Latada e da Queima das Fitas.


Horário de Verão - 01 abril a 30 setembro

Aberto das 9h-20h


Horário de Inverno - 01 outubro a 31 março

Aberto das 9h-17h30



Jardim Botânico do Faial

Ao longo dos últimos séculos, os Jardins Botânicos no mundo inteiro desempenharam funções de importância estratégica, sobretudo no que concerne à aclimatação das espécies de flora para a sua utilização na agricultura e ornamentação. Outro dos objetivos destes espaços no passado recente, prendia-se com a divulgação da biodiversidade do planeta junto das populações. O Jardim Botânico do Faial, fundado a 18 de junho de 1986, é o mais antigo centro ambiental dos Açores, e quando abriu as suas portas ao público, tinha uma área de cerca de 5.600m2 e o principal objetivo de reunir uma coleção de plantas da macaronésia que servissem de base para a conservação e promoção dessa importante biodiversidade. Podemos dizer, que a estratégia deste jardim na conservação da flora da macaronésia foi um passo visionário.


Em 1995, o Jardim Botânico deu outro passo para a conservação da flora dos Açores, através da reabilitação de uma zona de 60.000 m², localizada na freguesia de Pedro Miguel, a 400 m de altitude. Este foi o primeiro projeto de recuperação de um habitat natural nos Açores. Nesta área procedeu-se à recuperação de habitats e espécies características da Laurissilva húmida e super-húmida, possuindo, para além do importante papel de conservação, também um elevado valor paisagístico.


Em 2003 deu-se um novo passo evolutivo na estratégia de conservação ex-situ no arquipélago, com a criação do Banco de Sementes dos Açores, cuja finalidade é a recolha e a manutenção de uma coleção de sementes viáveis de todas as espécies Açorianas que sejam possíveis conservar em banco de sementes convencional, garantindo, desta forma o estabelecido no diploma da Estratégia Global para a Conservação das Plantas 2011-2020, definido em 2010 na X Conferência das Partes para a Convenção sobre a Diversidade Biológica, realizada em Nagoia. Como referido na meta 8 da respetiva Estratégia, o objetivo aponta para a conservação de: “Pelo menos 75% das espécies ameaçadas em coleções ex situ, preferencialmente no país de origem, e de pelo menos 20% disponíveis para programas de recuperação e restauro.” O Banco de Sementes dos Açores, foi selecionado, pela BGCI - Botanic Gardens Conservation International, como um dos casos de estudo sobre conservação de sementes raras num desafio internacional lançado por esta instituição, o Global Seed Conservation Challenge, no ano de 2015.


Em 2007 foi inaugurado o novo centro de visitantes do Jardim Botânico do Faial, estrutura que possui um auditório, uma sala de exposições, uma biblioteca, um bar e onde foi instalado o herbário Ilídio Botelho Gonçalves, estrutura fundamental para a investigação botânica.


No ano de 2011, o Jardim Botânico do Faial é alvo de nova renovação e ampliado em cerca de 2400 m2, com o grande objetivo de melhorar a sua coleção de plantas naturais, através da recriação de sete tipos diferentes de habitats característicos desta região: habitats de calhau rolado, charnecas macaronésicas, habitats de dunas e areias, uma feteira, uma zona de média altitude, uma zona húmida e de turfeira e ainda uma zona com vegetação de altitude, onde dominam essencialmente espécies herbáceas. Com esta ampliação, o Jardim Botânico recebeu no ano de 2012, uma menção honrosa na categoria de “Requalificação de Projeto Público”, atribuída pelo Turismo de Portugal.


Em 2019 o Jardim Botânico é novamente ampliado, passando a ter 15.000m2 (1,5 ha), permitindo ter uma maior área de conservação de espécies e habitats endémicos, com especial foco nos habitats de zonas húmidas. Foi também criada uma zona de culturas tradicionais dos Açores, fez-se a instalação de uma estufa com 900m2, preparada para receber a coleção de orquídeas do sr. Henrique Peixoto, que estava exposta no Jardim Botânico desde 2010, e parte da coleção de orquídeas da família Pekka Ranta. A atual coleção do Orquidário dos Açores é composta por 5.000 orquídeas, com 320 espécies ou híbridos, e 51 géneros, incluindo, como não poderia deixar de ser, as espécies açorianas, com destaque para a orquídea mais rara da europa. Neste projeto também se procedeu à reconversão de um edifício existente, de modo a aumentar as instalações do Banco de Sementes dos Açores, permitindo uma maior e mais eficiente capacidade de conservação.


Por João Melo

Parque Natural do Faial



Jardim Botânico de Lisboa

O Jardim Botânico de Lisboa é um jardim científico que foi projetado em meados do século XIX para complemento moderno e útil do ensino e investigação da botânica na Escola Politécnica.


O local escolhido, no Monte Olivete, tinha já mais de dois séculos de tradição no estudo da Botânica, iniciado com o colégio jesuíta da Cotovia, aqui sedeado entre 1609 e 1759.

Para a sua instalação foi elaborado um projeto de regulamento em 1843. No entanto, é só a partir de 1873, por iniciativa do Conde de Ficalho e de Andrade Corvo, professores na Escola Politécnica, que se inicia a plantação.


A enorme diversidade de plantas recolhidas pelos seus primeiros jardineiros, o alemão E. Goeze e o francês J. Daveau, provenientes dos quatro cantos do mundo em que havia territórios sob soberania portuguesa, patenteava a importância da potência colonial que Portugal então representava, mas que na Europa não passava de uma nação pequena e marginal. Edmund Goeze, o primeiro jardineiro-chefe, delineou a ”Classe” e Jules Daveau foi o responsável pelo ”Arboreto”.


A elevada qualidade do projeto, bem ajustado ao sítio e ao ameno clima de Lisboa, cedo foi comprovada. Mal acabadas de plantar, segundo o caprichoso desenho das veredas, canteiros e socalcos, interligados por lagos e cascatas, as jovens plantas rapidamente prosperavam, ocupando todo o espaço e deixando logo adivinhar como, com o tempo, a cidade viria a ganhar o seu mais aprazível espaço verde e o de maior interesse cénico e botânico. Em pleno coração de Lisboa e em forte contraste com o seu bulício, as cores e as sombras, os cheiros e os sons do Jardim da Politécnica dão recolhimento e deleite. E, tratando-se de um jardim botânico, outras funções desempenha o Jardim, que não apenas as de lazer e recreio passivo.


Em 1878 foi publicado o primeiro catálogo de sementes do Jardim. Após 1892, deve-se a Henri Cayeux o embelezamento do Jardim mediante a introdução e criação de plantas ornamentais.


A maior intervenção na área do Jardim ocorreu no final dos anos 30 e princípios dos anos 40 do séc. XX, por influência do então director Ruy Telles Palhinha: a primitiva ordenação sistemática do plano superior do Jardim foi substituída pelo agrupamento das espécies em conjuntos ecológicos.


As coleções sistemáticas servem vários ramos da investigação botânica, demonstram junto do público e das escolas a grande diversidade de formas vegetais e múltiplos processos ecológicos, ao mesmo tempo que representam um meio importante e efetivo na conservação de plantas ameaçadas de extinção.


Algumas coleções merecem menção especial. A notável diversidade de palmeiras, vindas de todos os continentes, confere inesperado cunho tropical a diversas localizações do Jardim. As cicadáceas são um dos ex-libris do Jardim. Autênticos fósseis vivos, representam floras antigas, que na maioria se extinguiram. Hoje, são todas de grande raridade, havendo certas espécies que só em jardins botânicos se conservam. O Jardim é particularmente rico em espécies tropicais originárias da Nova Zelândia, Austrália, China, Japão e América do Sul, o que atesta a amenidade do clima de Lisboa e as peculiaridades dos microclimas criados neste Jardim.


Na esteira do que acontece na generalidade dos jardins botânicos, também este Jardim, em estreita colaboração com os restantes departamentos do Museu desenvolve, em permanência, ativos programas de educação ambiental, para os diferentes níveis etários da população estudantil e oferece visitas temáticas guiadas.


A 4 de novembro de 2010 o Jardim Botânico foi classificado como monumento nacional.


JARDIM BOTÂNICO DE LISBOA

Todos os dias, exceto nos feriados de Natal e de 1 de janeiro

Horário de inverno*: 10h00 às 17h00

Horário de verão**: 10h00 às 20h00

Última admissão: meia-hora antes do encerramento

O Borboletário encontra-se encerrado.

*30 de setembro a 31 de março


** 1 de abril a 1 de outubro



Jardim Botânico do Porto

O Jardim Botânico do Porto, como hoje o conhecemos, na Rua do Campo Alegre, nasceu já no século XX, em 1951. Mas verdade seja dita, a origem deste remonta à primeira metade do século XIX e, até já chegar ao local onde hoje está, passou por mais dois lugares no Porto.


Ocupa uma parte da Quinta do Campo Alegre, um espaço de pequenas dimensões mas onde não falta uma enorme riqueza trazida por espécies, sobretudo exóticas, raras e de grande beleza. Belo é também o edifício que alberga a Casa Andersen. Em criança, a escritora Sophia de Mello Breyner Andersen brincou muitas tardes naquele jardim, na companhia do seu primo (também ele escritor) Ruben A. A Casa Andersen está assim instalada num antigo palacete, pertença da família, e é hoje um espaço dedicado à cultura e às exposições.


Depois de alguns percalços ao longo da sua existência (esteve encerrado em 1983), o Jardim Botânico do Porto é um dos espaços da Invicta que merece, definitivamente, a sua visita, guiada ou não. Se preferir guiada, será necessária marcação prévia. [1]


Aberto de segunda a sexta, das 9H00 às 17H00, ou durante o fim de semana das 10H00 às 18H00



Jardim Botânico Tropical (Lisboa)

O Jardim Botânico Tropical situa-se em Lisboa, na zona monumental de Belém, junto ao Mosteiro dos Jerónimos. Ocupa uma área total de cerca de 7 hectares, integrando um Parque Botânico aberto ao público com 5 hectares. Com um património vegetal especializado em flora tropical, o Jardim encontra-se classificado como Monumento Nacional.


Desde 2015 que o Jardim Botânico Tropical integra a Universidade de Lisboa, sendo atualmente gerido em conjunto com o Museu de História Natural e da Ciência e o Jardim Botânico de Lisboa e desenvolvendo atividades de caráter científico, educativo, cultural e de lazer, no âmbito da preservação e valorização do património e da difusão da cultura científica sobre a ciência tropical e a história e memória da ciência e da técnica nos descobrimentos, na expansão e na colonização portuguesas.


  • Todos os dias exceto nos feriados de Natal e de 1 de janeiro

  • Horário de inverno*: 10h00 às 17h00

  • Horário de verão**: 10h00 às 20h00

  • Última admissão: meia-hora antes do encerramento do Jardim


*30 de setembro a 31 de março

** 1 de abril a 1 de outubro



Jardim Botânico da UTAD

Desde 1988 que Portugal tem um novo jardim botânico na sua já longa história de colecções e espaços destinados ao ornamento vegetal. O Jardim Botânico da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (JBUTAD) é, actualmente, um dos maiores jardins botânicos da Europa e no seu interior poderemos observar espécies vegetais vindas dos quatro cantos do mundo.


Ao mesmo tempo, a divulgação e conservação das espécies vegetais de Portugal terá também um importante e destacado eco neste jardim. Este esforço conservacionista estará recolhido não só ao longo das suas colecções temáticas, como também nos espaços destinados à integração e ornamento dos edifícios do campus universitário. De facto, as actuais exigências da sociedade estão claramente reflectidas neste jardim inovador e, ao mesmo tempo, próximo de todos.


O Jardim Botânico da UTAD pretende ser um exemplo de como qualquer espaço é bom para, de modo sustentável, pode ser criado um verdadeiro banco germoplasmático diverso e harmonioso. A utilização do espaço da universidade, com o seu trânsito constante de pessoas e viaturas, ou a integração num núcleo populacional em crescimento, como é o ambiente da cidade de Vila Real, não foram razões para impedir a criação deste formidável espaço de vida. Pessoas e plantas vivem aqui um relacionamento de igualdade fraternal que nos mostra a todos como o impossível pode ser possível. Visite connosco este recanto de vida e desfrute da grandiosidade que as plantas têm para nos oferecer.


Saiba mais em: https://jb.utad.pt/


6 - Relatórios científicos apelativos e acessíveis que alertam para o estado actual das plantas - Um cruzamento entre a ciência, a arte e a educação


Dawn Sanders: Standing in the shadows of plants - Plants People and Planet



Dawn Sanders "Taking a different view: Ecology across borders" - EEF2019



7 - Outros recursos científicos, de comunicação de ciência e projectos de ciência cidadã




Durante os dias 22 e 23 de Maio, inscreva-se no projecto BioBlitzFloraPortugal da Plataforma iNaturalist/Biodiversity4All para registar o máximo de espécies de flora no país.



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